É muito comum encontrarmos com aquele grande "amigo investidor" que nunca perde em seus investimentos e que sabe sempre a "próxima grande aposta". Nas palavras de Damodaran, "a lição mais deprimente dos mercados financeiros é a de que virtudes como esforço e preparo nem sempre são recompensadas. Em última análise, só temos controle parcial sobre se vamos ou não ganhar dinheiro com nossa carteira; a sorte pode ter um papel muito importante.

Muitas vezes, os gestores de carteiras de maior sucesso de um ano não são os que tem as melhores estratégias de investimento, mas aqueles que (por acaso) estavam no lugar certo na hora certa. Ao mesmo tempo, é verdade que por quanto mais tempo investirmos, mais provável passa a ser que a boa e a má sorte se equilibrem e que nosso talento de investidor venha à tona; os gestores de carteira mais bem-sucedidos dos últimos dez anos provavelmente não devem isso à sorte.

Na qualidade de investidores, devemos encarar tanto o sucesso quanto o fracasso com uma dose de ceticismo. Eles não são prova de nossas virtudes ou defeitos como investidores, nem da qualidade da estratégia de investimento adotada. Embora seja impossível fabricar a boa sorte, devemos estar sempre prontos para aproveitá-la quando surgir."

Assim, nunca é demais lembrar que ter sorte é sempre bom!

"Superar o mercado não é fácil e nem livre de dissabores. Nos mercados financeiros, seres humanos - com todas as suas fragilidades - colhem e processam informações, fazendo julgamentos sobre quanto valem os ativos. Não surpreende que cometam erros, e até quem acredita na eficiência dos mercados concorda com isso. Resta saber se é possível aproveitas esses erros e obter o melhor desempenho que o investidor médio. É possível, sim, desde que façamos nossa lição de casa, avaliemos os pontos fracos de nossas estratégias de investimento e procuremos nos proteger deles. E, se o horizonte de tempo for curto, precisaremos também ter a sorte ao nosso lado."

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